
A cada novembro, o mercado brasileiro entra em um ciclo previsível: campanhas agressivas, batalhas por preço e uma corrida frenética por atenção. Mas esse movimento revela uma verdade estratégica que muitas empresas ignoram: marcas fortes não competem por desconto, competem por valor.
Enquanto parte do varejo precisa reduzir preços para ganhar relevância, marcas como a Apple seguem um caminho oposto. E esse contraste diz muito sobre posicionamento, reputação e maturidade estratégica.
A lógica é simples: quando a marca sustenta valor na mente do consumidor, o preço deixa de ser a principal variável de decisão.
Isso acontece porque:
Em outras palavras: Black Friday não cria valor, apenas revela o valor que já existia.
Muitas empresas utilizam a Black Friday como o momento para “compensar” um ano sem posicionamento claro, mas desconto não resolve um problema de branding. Resolve apenas um problema de caixa — e temporariamente.
Quando a marca precisa baixar preço para vender, ela já perdeu a disputa antes mesmo de começar.
Isso acontece porque o consumidor não compra apenas o produto. Compra o que a marca representa.
Preço é consequência.
Reputação é causa.
A Apple é citada recorrentemente porque sua estratégia representa exatamente o extremo oposto do comportamento tradicional do varejo.
A empresa mostra que:
E isso vale para qualquer empresa, do pequeno negócio à multinacional.
O diferencial nunca é o preço. É a percepção.
2026 será um ano em que reputação, narrativa e posicionamento terão ainda mais peso competitivo. A disputa não será apenas por produtos, mas por atenção qualificada e relação de confiança.
Três movimentos serão decisivos:
Empresas que construírem isso ao longo do ano verão a Black Friday como oportunidade, não como salvação.
Na Apex, ajudamos líderes e empresas a desenvolverem:
Porque no fim, quem compete por preço vende desconto.
Quem compete por marca vende percepção e desejo.
Por Leonardo Fagundes
CEO da Apex Comunicação e estrategista de posicionamento.
Fonte
Conteúdo originalmente publicado no Economia PR.
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