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O Instituto Nacional do Câncer (INCA) concedeu uma entrevista exclusiva ao G1, na qual discutiu as recomendações sobre a idade mínima para a realização da mamografia de rastreamento. A entrevista traz à tona as divergências existentes entre as diretrizes brasileiras e a recente sugestão da Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos (USPSTF) de reduzir a idade mínima para o exame.

No Brasil, as diretrizes atuais do Ministério da Saúde indicam que a mamografia de rastreamento é recomendada para mulheres entre 50 e 69 anos, com um intervalo de até dois anos entre cada exame. No entanto, pesquisadores norte-americanos sugerem que pacientes com risco médio para a doença devem iniciar as mamografias regulares a partir dos 40 anos.

O INCA destaca que, embora os casos de câncer de mama no Brasil tenham aumentado nos últimos anos em todas as faixas etárias, a maior parte dos diagnósticos ocorre a partir dos 50 anos. Além disso, as evidências científicas disponíveis mostram que a realização do exame nessa faixa etária pode reduzir as taxas de mortalidade.

Segundo o INCA, a recomendação atual é baseada em estudos clínicos que acompanharam mulheres ao longo dos anos e não identificaram benefícios em antecipar a mamografia de rotina. Uma mudança nessa orientação só seria viável se novos estudos empíricos, ou seja, com comprovação prática e não apenas com dados teóricos, mostrassem que a eficácia de iniciar a mamografia aos 40 anos é comprovada.

A partir desse cenário, o instituto enfatiza que a decisão de realizar a mamografia de rotina antes dos 50 anos deve ser compartilhada entre a mulher e seu médico, levando em consideração fatores como histórico familiar de câncer de mama ou de ovário. Pacientes nessas condições podem realizar o exame em qualquer idade, com ou sem sintomas, desde que a conduta seja avaliada pelo profissional de saúde.

Além disso, é fundamental ressaltar que a conscientização sobre o câncer de mama e a busca por diagnóstico precoce são fundamentais para combater essa doença. Independentemente da idade recomendada para a mamografia de rastreamento, todas as mulheres devem estar atentas aos sinais e sintomas, realizar o autoexame regularmente e procurar os serviços de saúde ao notar qualquer alteração nas mamas. 

Abaixo estão alguns destaques sobre o câncer de mama apontados pelo INCA:

– O câncer de mama é o 2º tipo mais frequente e o maior causador de mortes por câncer em mulheres. Em 2020, foram 17.825;

– Homens também podem ter a doença, mas é raro. Apenas 1% dos casos;

– Fatores de risco como, obesidade, sedentarismo e histórico familiar podem estar relacionados com o câncer de mama;

– Não é sempre câncer: sintomas como caroço endurecido na mama, nódulos nas axilas e alterações no mamilo devem ser investigados com antecedência, especialmente em mulheres acima de 50 anos;

–  O autoexame é importante para conhecer o próprio corpo e detectar alterações suspeitas;

– Para diagnóstico é possível realizar exame clínico e mamografia, seguidos de biópsia se necessário.

Enquanto as diretrizes continuam a ser debatidas e atualizadas com base em evidências científicas, é importante que as mulheres estejam cientes da importância da detecção precoce e do acesso aos serviços de saúde para o rastreamento e tratamento do câncer de mama. A informação e a conscientização são armas poderosas na luta contra essa doença, e todas as mulheres devem se sentir empoderadas para cuidar da saúde de suas mamas e tomar decisões informadas sobre seus cuidados médicos.

📌 Conheça as recomendações do INCA, resultado de nosso trabalho de assessoria de imprensa levando informações relevantes para diversos veículos de comunicação!

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