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O som nosso de cada dia

Por Pedro Antonio Guimarães.

Desde o som do despertador até a música que colocamos para dormir, passando pela nossa playlist no spotify, muitos sons nos cercam ao longo do dia. O estímulo sonoro, ao lado do visual, talvez seja o que entra sem pedir licença nas nossas interações de comunicação.

Quando me dou conta, já estou assoviando o jingle da marca que eu não uso, lembro a letra da música que eu não gosto… ou até mesmo, marco as situações da minha vida, por sons: “ao tocar a música xxx eu lembro da minha infância”.

Esses exemplos simples, bem corriqueiros, mostram a força de comunicação que o som, o áudio e a música pode ter em cada um de nós. A trilha de um filme, o jingle de uma marca ou até mesmo uma música no ponto de venda de uma loja podem influenciar diretamente a experiência ao ver, ouvir, comprar e lembrar.

A pergunta que fica para todos nós que trabalhamos com comunicação é: como estamos usando a música, para lidar e cuidar do meu público/consumidor?

Há um conceito chamado SoundBranding, que trata justamente de buscar identificar o ambiente sonoro que compõe o cenário para uma experiência sensorial mais completa; é o logotipo sonoro do seu negócio. Esse conceito tem sido desenvolvido por profissionais que unem a música e marketing para que as marcas possam entregar uma experiência completa aos clientes.

Um dos cases mais legais e marcantes nesse ramo é do MetrôRio empresa de transporte que leva milhões de pessoas por ano no Rio de Janeiro. Em 2011, a agência Zanna, primeira nesse ramo da América Latina, conseguiu com esse trabalho de SoundBranding encontrar o tom para falar com um público muito difícil: usuários de transporte público em uma das maiores capitais do mundo.

No site da agência, zanna.com.br, a Zanna explica muito bem o que fez chegar nesse lugar de afeto e cuidado com o cliente. É lógico que olhando esse case o produto é o transporte, e se a cada 10min o trem parar por alguma falha ou interrupção no sistema e acabar por atrasar a viagem do passageiro, não tem Zanna que dê jeito. No entanto, o que fica de experiência é cuidado de mostrar ao consumidor que a empresa se importa com o quê o público vai ouvir enquanto estiver consumindo o produto.

Sendo assim, pensa bem antes de usar a trilha gratuita para o seu podcast ou botar qualquer rádio/playlist no seu ponto de venda, isso pode levar o seu cliente a ter uma péssima primeira experiência e não voltar. O mesmo vale para o site, instagram, TikTok e por aí vai!

Qual é a sua identidade sonora?

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